terça-feira, 24 de junho de 2008

complicando o descomplicado

Tenho o incrível poder de complicar o que pode ser facilmente resolvido, e ser a pessoa mais razoável na hora de resolver alguma coisa, dá pra entender isso? Tipo, eu complico e passo a impressão de que tenho a manha de resolver tudo numa boa. Posso exemplificar isso com uma simples situação, que muitas vezes já me aconteceu, e ainda é um pesadelo até hoje: apresentação de seminário, e eu estou absurdamente nervosa, tá chegando minha vez de falar em frente a professor e dezenas de alunos, tremo mais que vara verde, sôo mais que tampa de chaleira, mas estou com aquela cara de auto-controle, muita confiança, e por dentro estou em pânico e dizendo a mim mesma que eu vou gaguejar, vou ter um surto de Síndrome de Tourrete, vou mandar parar tudo, vou dizer que aquele assunto todo é um saco e sair correndo dalí. Pois bem, no final das contas eu apresento sem grandes seqüelas, e pra quê se espancar por dentro, se, no final, tudo vai dar em nada de mais?

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Além disso, existem coisas que podem ser resolvidas com duas opções: “sim” ou “não”, mas eu insisto no “talvez”. Acho que o meu “talvez” é quase sempre mais favorável em certos momentos, se vc diz “não”, possibilidades podem morrer ali mesmo, então, pra o caso de um arrependimento, um “talvez” não mata ninguém. Porém, como tudo tem um porém, as coisas também podem complicar, e “não” pode servir como ponto final.

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O título do post deveria ser “complicando o descomplicado e vice-versa”, mas ficaria muito... sei lá. É, gosto de fingir que o complicado é descomplicado, também. Mais ou menos assim: Jaque no meio de um tiroteio, rajadas de metralhadora, entre mortos e feridos, mandando vibes positivas, entoando mantras, dizendo que a vida é linda e que o amor é muito maior que tudo aquilo.

9 comentários:

Cris Medeiros disse...

Em apresentações de trabalho na faculdade, eu tremia muito, entrava em pânico, achava que não ia conseguir.... E não consegui mesmo, saía uma M, tudo... eheheh... Nunca consegui funcionar sob pressão...

Quanto ao talvez, só uso quando a verdade é desnecessária... bjs

Breno C. disse...

Incrível, me comporto da mesma forma... Quando tenho que fazer algo, chego a passar mal um dia antes de tão nervoso, só que na hora X, eu faço tudo da forma perfeita e me dou bem...

O post ta ótimo Dona Jaqueline...
Pena que agora estou com menos tempo para nossas conversas no msn...

Nathália E. disse...

Hahaha
Pior que é assim mesmo.
Eu tremo como se tivesse mal de Parkinson versão 4.0 e cada palavra pronunciadaa é esquecida 5 segundos depois.
No final recebo inúmeros elogios e nem sei porque, afinal não lembro de nada. Hahaha

Una mierda!

Bjsmeliga, Jaca!

Flávia disse...

Eu tenho banido o bandido do "talvez" da minha existência atual. De vez em quando ele escapa e consegue cruzar a fronteira pra voltar e me tirar do sério - mas sou ruim, muito ruim, e o mando de volta de rabo entre as pernas, sem dó. Minha vida é uma ditadura e só fica o que eu decido.

Adorei seu blog.

Beijos ;)

Mile Corrêa disse...

Ahh, sorte sua conseguir
descomplicar depois de ter
complicado :S
haha o final, com " a vida
é linda e que o amor é muito
maior que tudo aquilo" tá
fantástico!
Legal, seu blog! :)

Mile Corrêa disse...

hehe...vou destinar um
post só pra explicar isso!

:**

Alessandra Castro disse...

Ki nada menina, faz parte do seu charme com certeza. ;)

Yuzo disse...

Eu costumo bocejar quando estou nervoso, O.O'
O que faz-me parecer calminho, calminho.
:P

Fulana disse...

Querida, acho que todo mundo é assim. E todo mundo se pergunta porque é assim.

O que muda é a capacidade de disfarce.

Eu, por exemplo, engano que é uma maravilha...;-)