Sabe aquelas coisas que vc tem que fazer todos os dias, e termina enjoando, hmm, enjoa, mas não enjoa? Bom, é assim ter que ir a universidade todo santo dia. Enjoei, enjoei mesmo, mas não enjoei. Entre ir e não ir, eu prefiro ir. Gosto de ver aquela mesma paisagem, de poder sair de casa, respirar ar livre. Eu me canso dessa mesmice, mas ela, no fundo, me agrada. Geralmente, não saio de casa no mesmo horário, então não vejo sempre as mesmas pessoas pelo caminho. Ainda bem. (...) Aí, eu sento, dou uma olhada rápida, pra ver quem está ao meu redor, tipo, reconhecendo o território, abro minha bolsa, pego o mp4, ponho os fones, e olho pra fora da janela. Visualizo aquele mesmo lugar, o caminho que observo todos os dias, que eu acho tão lindo. Começo a pensar, pensar, pensar, até que chega a hora de eu partir pra segunda fase do percurso até a universidade. Aí, eu sento, dou uma olhada rápida, pra ver quem está ao meu redor, tipo, reconhecendo o território, abro minha bolsa, pego o mp4, ponho os fones, e olho pra fora da janela. De novo. Só que dessa vez, fico puta com o trânsito. Cinco minutos, dez minutos, quinze minutos, vinte... são muitos minutos, até eu chegar ao meu destino.
...
Na volta, eu não abro a bolsa, não pego... blá, blá, blá. Já que não tem aquela barulheira toda, nem pessoas se acotovelando, nem tanto trânsito. Tudo fica mais calmo. E sempre vou observando...
Dia desses, anteontem, eu voltava pra casa, e, de cara, vi um garoto que me fez lembrar de alguma coisa que gosto muito, que até então eu não sabia o que era. Fiquei na minha. Olhei pra ele de um jeito estranho. Sei que foi engraçado. Sentei do lado oposto do que ele tava, mas ainda perto. Um lugar que dava pra eu o observar o quanto quisesse. Eu ia ler alguma coisa, desisti. E comecei olhar, olhar... Ele não tinha nada que chamasse atenção, nada convencional, que pudesse chamar atenção. Sem graça. Com um ar meio triste e pensativo. Tinha cabelos encaracolados, castanhos. Magro. Pele bem clara. Pálido, pra alguém que mora onde mora, entende? Barba meio crescida. As mãos dele eram bonitas. Até os pés eu olhei, e não eram feios, nem o nariz (um pouco grande e curvado, bem pouco)... Talvez mais novo que eu. Mais ou menos minha altura. De onde eu tava, só conseguia ver o perfil, praticamente. Ele tava lendo, tentei ver o que era, e não consegui. Tava de chinelos verdes, uma roupa clara e meio amarrotada que dava a impressão de que tinha acabado de acordar. Fora a cara de sono, de quem acabou de acordar, também (Adoro cara de sono). Uma mochila em cima das pernas, que depois largou no chão... Ele não era bonito, nem um pouco, mas não o vi feio, muito menos agora. Sabe aquele papo de que se vc olha muito fixamente pra alguém, ele acaba percebendo, mesmo sem ver vc olhar, como se a pessoa sentisse que tá sendo filmada? Então, acho que isso é fato, hein? Ele dava umas espiadinhas com o canto do olho, e eu desviava... Uahuah! Daí, eu voltava a olhar. Ele continuava vendo o livro, ler que é bom, acho que nada. Sei lá. Confesso, olhei, mas olhei mesmo, como se só existisse ele pra eu observar alí. Me lembrei de um amigo que sempre me pergunta “ Jaque, vc já viu alguém pela primeira vez, e bateu uma vontade louca de ser amigo dele?”. Respondo que não. Não, não! Eu não senti, necessariamente, uma vontade louca de ser amiga do garoto. Mas matutei: O que será que ele faz da vida? O que será que ele tá pensando agora? Será que tem muitos amigos? Será que ele não tá num bom dia, ou anda com essas roupas sempre? Tem namorada? (Não por interesse nele, digo... Ah, deixa pra lá!) E se eu dissesse pra ele: “Gostei de suas mãos.” ou “Por que vc não corta o cabelo?” ou “Seu cabelo é muito estranho, mas eu gosto.” ou “O que vc tá lendo?”? - Ah. Pensei, pensei. Olhei, olhei. Quando eu estava no ápice da minha observação. Depois de eu torcer pra cada pessoa que entrava alí, se sentar no lugar mais distante, que não fosse entre mim e ele, uma mulher, com, aproximadamente, três vezes a largura dele, empacou no nosso meio. “Querida, faça a gentileza de sair da minha frente, ok?”. Não, não disse isso. Acabara a festa. E vinte longos minutos depois de tanta análise que eu fiz, ele foi embora. Incrível, ele me lembrava tanto, tanto, tanto (agora eu sabia o que era, na verdade nem lembrava tanto, mas eu já tinha enfiado na cabeça que lembrava e ponto!)... Que, quando se levantou, quis dar um abraço nele! Tipo, um abraço esmagador. Uahua!
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Situação - Jaque abraçando o garoto desconhecido:
- Que é isso, garota? O.o
- Desculpa, eu tenho que fazer isso! (Ainda grudada no pescoço do garoto.).
- Me larga, tenho que ir!
- Pufavô, só mais um pouco. Hum?(Grudada.)
.
(Pessoas olhando, desconfiadas.)
...
HAHAHA
Que tosco seria!
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Ow, acho que esse post tomou um rumo diferente do início. Longo demais “nem li”. Pensarei num título digno pra esse texto meio sem sentido.NEM LI
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Na volta, eu não abro a bolsa, não pego... blá, blá, blá. Já que não tem aquela barulheira toda, nem pessoas se acotovelando, nem tanto trânsito. Tudo fica mais calmo. E sempre vou observando...
Dia desses, anteontem, eu voltava pra casa, e, de cara, vi um garoto que me fez lembrar de alguma coisa que gosto muito, que até então eu não sabia o que era. Fiquei na minha. Olhei pra ele de um jeito estranho. Sei que foi engraçado. Sentei do lado oposto do que ele tava, mas ainda perto. Um lugar que dava pra eu o observar o quanto quisesse. Eu ia ler alguma coisa, desisti. E comecei olhar, olhar... Ele não tinha nada que chamasse atenção, nada convencional, que pudesse chamar atenção. Sem graça. Com um ar meio triste e pensativo. Tinha cabelos encaracolados, castanhos. Magro. Pele bem clara. Pálido, pra alguém que mora onde mora, entende? Barba meio crescida. As mãos dele eram bonitas. Até os pés eu olhei, e não eram feios, nem o nariz (um pouco grande e curvado, bem pouco)... Talvez mais novo que eu. Mais ou menos minha altura. De onde eu tava, só conseguia ver o perfil, praticamente. Ele tava lendo, tentei ver o que era, e não consegui. Tava de chinelos verdes, uma roupa clara e meio amarrotada que dava a impressão de que tinha acabado de acordar. Fora a cara de sono, de quem acabou de acordar, também (Adoro cara de sono). Uma mochila em cima das pernas, que depois largou no chão... Ele não era bonito, nem um pouco, mas não o vi feio, muito menos agora. Sabe aquele papo de que se vc olha muito fixamente pra alguém, ele acaba percebendo, mesmo sem ver vc olhar, como se a pessoa sentisse que tá sendo filmada? Então, acho que isso é fato, hein? Ele dava umas espiadinhas com o canto do olho, e eu desviava... Uahuah! Daí, eu voltava a olhar. Ele continuava vendo o livro, ler que é bom, acho que nada. Sei lá. Confesso, olhei, mas olhei mesmo, como se só existisse ele pra eu observar alí. Me lembrei de um amigo que sempre me pergunta “ Jaque, vc já viu alguém pela primeira vez, e bateu uma vontade louca de ser amigo dele?”. Respondo que não. Não, não! Eu não senti, necessariamente, uma vontade louca de ser amiga do garoto. Mas matutei: O que será que ele faz da vida? O que será que ele tá pensando agora? Será que tem muitos amigos? Será que ele não tá num bom dia, ou anda com essas roupas sempre? Tem namorada? (Não por interesse nele, digo... Ah, deixa pra lá!) E se eu dissesse pra ele: “Gostei de suas mãos.” ou “Por que vc não corta o cabelo?” ou “Seu cabelo é muito estranho, mas eu gosto.” ou “O que vc tá lendo?”? - Ah. Pensei, pensei. Olhei, olhei. Quando eu estava no ápice da minha observação. Depois de eu torcer pra cada pessoa que entrava alí, se sentar no lugar mais distante, que não fosse entre mim e ele, uma mulher, com, aproximadamente, três vezes a largura dele, empacou no nosso meio. “Querida, faça a gentileza de sair da minha frente, ok?”. Não, não disse isso. Acabara a festa. E vinte longos minutos depois de tanta análise que eu fiz, ele foi embora. Incrível, ele me lembrava tanto, tanto, tanto (agora eu sabia o que era, na verdade nem lembrava tanto, mas eu já tinha enfiado na cabeça que lembrava e ponto!)... Que, quando se levantou, quis dar um abraço nele! Tipo, um abraço esmagador. Uahua!
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Situação - Jaque abraçando o garoto desconhecido:
- Que é isso, garota? O.o
- Desculpa, eu tenho que fazer isso! (Ainda grudada no pescoço do garoto.).
- Me larga, tenho que ir!
- Pufavô, só mais um pouco. Hum?(Grudada.)
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(Pessoas olhando, desconfiadas.)
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HAHAHA
Que tosco seria!
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Ow, acho que esse post tomou um rumo diferente do início. Longo demais “nem li”. Pensarei num título digno pra esse texto meio sem sentido.
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"Think I'll walk me outside and buy a rainbow smile, but be free, they're all free."
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Parabéns, vc conseguiu ler até o final e é um sobrevivente!
10 comentários:
Pois eu já senti muito dessa vontade louca de ser best friend forever de algum desconhecido. E assim, é vontade de sair por aí sem rumo e falar sobre a vida, sobre as coisas da vida, sabe?
Eu já parei pessoas na rua e perguntei:
- Qual seu nome?
- *cara assustada* Pra que você quer saber?
- É que eu preciso...
- Fulano. *muito assustado*
- Prazer, Fulano. Eu sou a Nathália. Sabe que você me deixou com vontade de ser sua amiga. Tchau :D
Só fiz isso 2 vezes. Mas foi legal. Pena que nunca virei amiga de nenhuma dessas pessoas. Hahaha
"Pufavô" - NHOUN! *-*
Beijo, sua fofinha!
Tantos detalhes.
És boa observadora e, pelo que senti, idealista.
Bj.
Menina q texto mais fofo! tipow q super me senti na sua pele mesmo, as vezes simplesmente nos encantamos com seres desconhecidos, parece q de alguma forma eles influencia a gente, toca a nossa alma apenas por estar ali presente. Garotos novos e com ares de desajustados, são um dos maiores pecados atualmente mesmo. Ai eu quero criar um!
que coisa linda, jaca.
eu sempre faço o mesmo nas minhas longas viagens casa/trabalho/casa. a primeira coisa que eu olho são as mãos (pra ver se não tem nenhum anel inconveniente) e depois eu sonho acordado criando toda uma situação ;D
ok, eu sou doente!
Isso acontece comigo quando estou em um lugar sem fazer nada, sem saber porque...então eu olho para alguém e me pergunto...será que ele pode me salvar? heauhea...será que se eu conhecesse ele, ele faria um diferencial na minha vida, a mudaria?
Ao mesmo tempo eu nunca tiraria essa dúvida porque é ridículo hoje em dia chegar em uma pessoa, ao menos que você queria alguma coisa dela. É triste, mas é verdade.
Acho que a reação dele seria outra.
Morri de rir imaginando a cena aqui. aehuaehuaeh.
Eu já tive muita vontade de ser amiga de desconhecidos, inclusive tenho um amor do ônibus, já falei dele lá no blog. =D
Aqui, to te linkando pra não ter que clicar no seu perfil toda vez que quiser vir aqui, okay?
:*
rsrrss
ah... ia ser engraçado se esse abraço acontecesse...]
'oww menino... dá cá um abraço!"
rsrss
Bjoooo
Brigado querida, muito obrgado mesmo...de coraçao
desejo tudo de bom pra srta.tambem...
e sempre q der eu passo aqui,tambem
beloo post,como vc diz, parabens por ler ele todo ;)
beijaoo,se cuida
e continue o otimo trabalho!
Ja K...só vc mesmo! Te vejo na facu. vem cá, me explica melhor aquele trabalho de Pesquisa e Planejamento? BJUS!
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